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A Cigarra e a Formiga - O outro lado da história

  • Rosi Santiago
  • 9 de abr. de 2015
  • 2 min de leitura

Artista desenho da paisagem

E a formiga trabalhou tanto naquele verão que não saiu com os amigos e nem foi à praia. Também não se sentou à sombra de uma árvore para desfrutar da suave e refrescante brisa. Trabalhou tanto, tanto, que conseguiu juntar uma fortuna em comida. Trabalhou tanto que não teve tempo de tomar um suco gelado de sua fruta favorita. Mas juntou fortuna. Quando o inverno chegou, a formiga entrou para sua casa e fechou a porta. A mente estava cansada e acelerada. Mal conseguia dormir. Começou a se sentir incomodada com aquela paradeira. Tinha fortuna, mas não dividiu com aqueles que não mereciam. Ela trabalhou muito, deixou de curtir a vida para isso! Rica e sozinha a formiga entrou em profunda depressão. Não via um sentido para a vida. Tinha fortuna, mas não tinha alegria. Tinha comida, mas não tinha amigos para dividir. O que sabia fazer era trabalhar, mas no inverno não se trabalha. A vida perdeu a graça. Pálida e triste, ficava todo o dia sentada em frente à sua riqueza. A maioria não se importava com ela, afinal não era uma presença agradável. Não dançava, não dava gargalhadas, nem ria de si mesmo. Mas alguém se importava. E muito. A cigarra. E se importava tanto que foi até ela, lhe estendeu a mão e lhe afagou em um abraço quentinho. Passaram o inverno juntas entre risos, comida e histórias felizes. E quando o verão chegou, a formiga pôs um biquíni e foi à praia, e saiu com amigos, e dançou e foi feliz. Trabalhou o suficiente. Não mais que isso. Comprou o suficiente, não mais que isso. E agradeceu à vida por ser tão bonita!


 
 
 

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